Alguns manuscritos e originais entrados no ARQUIVO / BIBLIOTECA por publicar: ofício do Ministério do Interior enviado a António Sérgio (20/6/1953); notas manuscritas tiradas por João Barros no II Seminário de Estudos Associativos, Setembro de 1964; [PCP(ML)], Boletim de Informação Interno – Lutas, 8/7/1974; carta manuscrita sobre a crise do PCP(ML), 1975; manuscrito original de um comunicado contra a UEC, 1975?; manuscrito de “Técnico – A Experiência da Luta Contra a Militarização”; notas manuscritas de Francisco Sá Carneiro, 1974; “Breve apontamento sobre Cabo Verde”, com nota de Sá Carneiro de “Confidencial”; carta de Francisco Lucas Pires a Sá Carneiro sobre a AD, com nota manuscrita deste, 17 de Outubro de 1980; original de um acordo “no âmbito da AD” assinado por Sá Carneiro e Freitas do Amaral, 17 de Novembro de 1980; Intervenção de Cavaco Silva no Conselho Nacional do PSD, 8-9 de Agosto de 1981; notas de José Magalhães de um encontro com António Guterres no Altis, 13 de Fevereiro de 1993.
O EPHEMERA tem conhecido um muito significativo incremento de consultas, seja qual for o indicador utilizado. Cerca de 30% dos seus leitores estão fora de Portugal, 10% são brasileiros e os restantes concentram-se na Europa, nos EUA e nos PALOPs, em cerca de 20 países em que é possível observar que as consultas são sistemáticas e não ocasionais. Nunca é de mais lembrar que este sucesso, para um sítio especializado muito peculiar, fora do mainstream, se deve aos muitos voluntários amigos do EPHEMERA, que fotografando manifestações procurando e recolhendo materiais, doando os seus ou dos seus familiares arquivos e espólios, enviando indicações preciosas sobre espécimes à venda ou em risco de destruição, permitem continuar e valorizar este trabalho ao serviço da memória e do interesse público. Na página de ajuda e na FAQ estão expostas as condições deste trabalho e as suas circunstâncias. Hoje escrevi no Público um artigo sobre o “ofício de caça e recolecção”, que actualiza algumas das minhas preocupações sobre as crescentes dificuldades institucionais para esta actividade que, insisto, não tem nem pretende, um tostão do estado. O artigo será em breve aqui publicado. Continuo a estudar, à luz da hostilidade crescente do governo a tudo o que mexe e não controla, a continuidade desta iniciativa para além de mim próprio, servindo a todos, sem nenhum ónus para ninguém a não ser para mim. Darei conta a todos os amigos e interessados, das soluções que se encontrarem dentro de três regras básicas: continuar a ser uma iniciativa da sociedade civil, controlada por quem doa e por quem recebe; constância de objectivos (salvação, preservação, e estudo de uma memória colectiva), e serviço público, sem depender do dinheiro público.
A mais importante de todas as estatísticas é para mim a das 6200 notas entradas, das quais mais de 5000 são “pastas” que organizam os materiais recolhidos segundo critérios definidos na FAQ e consultáveis por um sistema de categorias que se tem revelado ser bastante eficaz. Essas “pastas” são abertas quase sempre com uma pequena parte dos materiais existentes, muitas vezes com um panfleto ou um autocolante, e vão sendo posteriormente preenchidas. A esmagadora maioria dos materiais existentes está por publicar, mais de 90%, e mesmo o que já está digitalizado, cerca de 50.000 espécimes, tem um enorme atraso na publicação. Isso deve-se em particular à falta de tempo, – o EPHEMERA na sua execução é uma tarefa individual,- mas também à necessidade de organização por categorias, que permita manter uma sistematização nas consultas. Mas a abertura de novas “pastas” e o seu “preenchimento” continua a ser uma das melhores formas de organização do EPHEMERA, mesmo que invisível aos seus leitores. Por exemplo, nos últimos dias actualizaram-se muitas “pastas” já existentes: TEORIA E DEBATE, ANÁLISE FORMAÇÃO DEBATE MILITANTE, MANIFESTAÇÃO “ESTUDANTES EM LUTA PELO DIREITO À EDUCAÇÃO” (LISBOA, 24 DE OUTUBRO DE 2012), etc.
Felizmente, a entrada de novos espólios continua. Em breve darei nota de um espólio constituído por materiais da UDP e do PC(R) da Margem Sul, incluindo muitos documentos internos, relatórios originais, manuscritos, notas, com documentos sobre as cisões dessas organizações. Um espólio importante sobre a agricultura portuguesa está também a caminho. Negociações estão também em curso sobre muitos outros materiais e, quer por doação, quer por compra, prossegue a recolha, organização e colocação em linha de muita da nossa memória colectiva, em particular no plano social e político.
Obrigado a todos.
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